O Mundo das Histórias na Educação Infantil

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sonho de uma noite de verão

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

Um clássico de William Shakespeare, adaptado por Fabrício Corsaletti e ilustrado por Guazzaelli. Lançado no ano de 2004 pela editora Escala é um livro que não envelhece, uma obra adaptada de um clássico que antes de tudo leva uma bela história a um público que possivelmente não teria acesso aos textos integrais, ou só os conheceria muito tempo mais tarde.
Sem dúvida a melhor maneira de levar uma criança a construir o hábito da leitura é combinar a leitura de obras já destinadas a elas com a de obras escritas por grandes autores em versões adaptadas.

A dica está dada. Se deliciem com a leitura


O que é letramento?


   Em virtude das discussões acerca do Letramento, resolvi trazer esse poema que se encontra em um dos livros de Magda Soares que vem discutindo essa temática com muita categoria.

SOARES, Magda. Letramento um tema em três gêneros. Belo Horizonte:Autêntica, 2001.


O que é letramento?


Letramento não é um gancho
Em que se pendura cada som enunciado,
Não é um treinamento repetitivo
De uma habilidade, nem um martelo
Quebrando blocos de gramática.

Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.

São notícias sobre o presidente,
O tempo, os artistas da TV
E mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.

É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
um telegrama de parabéns e cartas
de velhos amigos.

É viajar para países desconhecidos,
Sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.

É um atlas do mundo
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios
para que você não fique perdido.

Letramento é, sobretudo,
Um mapa do coração do homem,
Um mapa de quem você é
E de tudo o que você pode ser.


Esse poema transmite os sentimentos propiciados pelo letramento...É fantástico.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Galinha Ruiva



A história "A galinha ruiva", fez parte da contação de história na Escola Pública Estadual que faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID,durante a semana das crianças, mas, conseguimos um avental que ilustra o cenário da história e todos os personagens.As crianças gostaram muito.
Vejam como é interessante para não ficar só mostrando o livro...

Essa história pode ser trabalhada de diversas formas, mas lembre-se que antes de começar a contar você precisa:
* Ler antes;
* Elaborar o planejamento com atividade de pré-leitura conversar antes sobre o tema que vai ser trabalhado( deixando um suspense), pensando " o que eu vou fazer?" "como trabalhar?" e após a leitura é importante abrir espaço para comentários;
* Mostrar o nome do(a) autor(a), editora, ilustrador(a) e ano da publicação(faça isso sempre).


A Galinha Ruiva

Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo.
- Quem me ajuda a plantar este trigo? - perguntou aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu planto sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro.

- Quem me ajuda a colher o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu colho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.

- Quem me ajuda a debulhar o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu debulho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.

- Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu levo sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou:

- Quem me ajuda a assar essa farinha?
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu asso sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão.

- Quem quer comer esse pão? - perguntou a galinha.
- Eu quero - disse o cão.
- Eu quero - disse o gato.
- Eu quero - disse o porquinho.
- Eu quero - disse o peru.
- Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão! - disse a galinha. - Cocoricó.
E foi isso mesmo que ela fez.

Se queremos dividir a recompensa, devemos compartilhar o trabalho.





Do livro: O livro das Virtudes para Crianças

terça-feira, 2 de novembro de 2010

POESIA, POEMAS E POETAS

     Ainda na aula do dia 29 de outubro de 2010, foi trabalhado o texto da autora Marisa Lajolo.

É essencial que quando trabalharmos em sala de aula com os autores estejamos sempre mencionando o seu nome e se possível destacando suas características, para que as crianças desde cedo conheçam os textos de uma forma mais completa.

Para conhecermos um pouco autora Marisa Lajolo trouxe sua biografia que se encontra no site:http://www.revista.agulha.nom.br/mlajolo.html#biblio:

Paulista. Nasceu em São Paulo, mas como foi criada em Santos, gosta de imaginar que é praiana. Voltou para a Paulicéia: morou na Casa da Universitária, é formada em Letras na Universidade de São Paulo, onde também fez Mestrado e Doutorado. Fez pós doutorado na Brown University e atualmen é sou Professora Titular no Departamento de Teoria Literária da Unicamp.

Sempre gostou de ler e de escrever, daí os estudos e a profissão. Dá aulas, orienta teses, participa de congressos, faz pesquisa, freqüenta um número quase infinito de reuniões. Escreve um bocado de livros e artigos sobre livros alheios, ganhou alguns prêmios, mas só agora criou coragem para escrever e publicar um romance. Gostou tanto da experiência que a vontade dela é deixar os livros alheios em paz e fazer os seus próprios.

A referência trabalhada em sala foi:

Marisa Lajolo, em sua carta aos leitores, no livro Palavras de Encantamento, nos fala de poesia, poema e poetas.

(...) "poesia não tem hoje nem ontem. Poesia é sempre. Poesia brinca com a linguagem"

(...) "um poema é um jogo com a liguagem. Compõe-se de palavras:
palavras soltas, palavras empilhadas, palavras em fila, palavras desenhadas, palavras em ritmo diferente da fala do dia-a-dia. Além de diferentes pela sonoridade e pela posição na página, os poemas representam uma maneira original de ver o mundo, de dizer coisas" (...).

(...) "poeta é, assim, quem descobre e faz poesia a repeito de tudo: de
gente, bicho, de planta, de coisas do dia-a-dia da vida da gente, de um
brinquedo, de pessoas que parecem com pessoas que conhecemos, de
epiódio que nunca imaginamos que poderiam acontecer e até de própria
poesia" (...)

(...) "poema brinca com as palavras...parece que o poeta diz que o que a gente
nunca tinha pensado dizer"(...).

Você deve estar pensando: afinal, qual é a diferença entre poesia e
poemas, já que todos sabemos poetas é quem escreve poesia...

Vamos lá: Poesia, segundo o Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é
a "Arte de criar imagens, de surgir emoções por meio de uma linguagem em
que se combinam sons, risos, ritmos e sgnificados". Poemas é definidos como:

"Obra em verso ou não em que há poesia."

Talvez fique mais fácil entender se pensarmos na origem dessas palavras.
Em grego, a terminação "sis", de poesia, é usada para nomear uma ação ou
atividade. Já a terminação "ma", de poemas, denuncia produto de uma
atividade. Sendo assim, quando falamos de poesia, estamos falando da arte
de uma maneira geral, e quando falamos em poema, estamos nos referindo
a algo concreto que lemos e podemos ver.

Por exemplo: para trabalhar poesia com nossos alunos (arte em geral),
utilizaremos entre outros, o poema Infância de Carlos Drummond de Andrade (algo bem concreto).



POESIA E PROSA

    Na última aula de Literatura Infantil no dia 29 de outubro de 2010, recebemos um material importantissimo. Resolvi postar para compartilhar com vocês.
Mas antes gostaria de trazer para vocês um pouco da biografia do autor José Paulo Paes, nasceu em Taquaritinga SP, em 1926. Estudou química industrial em Curitiba, onde iniciou sua atividade literária colaborando na revista Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. De volta a São Paulo trabalhou em um laboratório farmacêutico e numa editora. Desde de 1948 escreve com regularidade para jornais e periódicos literários. Toda sua obra poética foi reunida, em 1986, sob o título Um por todos. No terreno da tradução verteu do inglês , do francês, do italiano, do espanhol, do alemão e do grego moderno mais de uma centena de livros. Em 1987 dirigiu uma oficina de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998.
A biografia que apresentei se encontra no site: http://www.revista.agulha.nom.br/jpaulo.html#bio.

O material trabalhado em aula tem por título:

Poesia e Prosa

Pode-se escrever em prosa ou em verso.
Quando se escreve em prosa, a gente enche a linha
do caderno até o fim, antes de passar para a outra
linha.

E assim por diante até o fim da página.

Em poesia não: a gente muda de linha antes do fim,
deixando um espaço em branco entes de ir para a
linha seguinte.

Essas linhas incompletas se chamam versos.

Acho que o espaço em branco é para o leitor poder
ficar pensnado.

Pensando bem no que o poeta acabou de dizer.

[...]

A prosa é como trem, vem vai sempre em frente.

A poesia é como o pêndulo dos relógios de parede
de antigamente, que fica balançando de um lado
para o outro.

Embora balançasse sempre no mesmo lugar, o
pêndulo não mracava sempre a mesma hora.

Avançava de minuto a minuto, na passagem da
vida, cada minuto importante dela.

De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma rima
a outra, a gente acaba decorando um poema e
guardando-o na memória.

E quando vê acontecer alguma coisa parecida com
um poema que já leu, a gente logo se recorda dele.

Geralmente, a prosa entra por um ouvido e sia pelo
outro.

A poesia, não: entra pelo ouvido e fica no coração.


(PAES, José Paulo. Vejam como eu sei escrever. São Paulo: ÁTICA, 2001. P. 16-9)




Espero que tenham gostado...Até mais

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

SUGESTÃO



Olá amigos(as) estomos deixando a dica desse livro, para você que atua na área de Educação assim como nós estudantes de Pedagogia possa utilizar em suas aulas. O livro "Isto não é" de Alejandro Magalhães, é composto por excelentes imagens que são capazes de levar as crianças ao mundo da imaginação, estimulando para a leitura das imagens, assim como a escrita dos alunos de forma dinâmica.

O texto abaixo se encontra na última página do livro, apartir dele já dá pra ter uma noção do seu conteúdo vejamos:
Olhe para o céu e preste atenção. Onde está o pinguim? E a vaca dormiu? E na sua casa observe o banquinho. Nas ranhuras de madeira se esconde um rosto. Se presta bastante atenção, há letras no texto. Na cozinha, estude o liquificador. O que você imagina que é?
Em 1928 e 1929, o pintor surrealista belga René Maritte (1898-1967)fez um quadro no qual representou a figura de um cachimbo com a seguinte frase escrita. "Isto não é um cachimbo". De fato era uma pintura. Agora se olhe no espelho. É você mesmo?


Então fica a dica para vocês...