O Mundo das Histórias na Educação Infantil

terça-feira, 2 de novembro de 2010

POESIA E PROSA

    Na última aula de Literatura Infantil no dia 29 de outubro de 2010, recebemos um material importantissimo. Resolvi postar para compartilhar com vocês.
Mas antes gostaria de trazer para vocês um pouco da biografia do autor José Paulo Paes, nasceu em Taquaritinga SP, em 1926. Estudou química industrial em Curitiba, onde iniciou sua atividade literária colaborando na revista Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. De volta a São Paulo trabalhou em um laboratório farmacêutico e numa editora. Desde de 1948 escreve com regularidade para jornais e periódicos literários. Toda sua obra poética foi reunida, em 1986, sob o título Um por todos. No terreno da tradução verteu do inglês , do francês, do italiano, do espanhol, do alemão e do grego moderno mais de uma centena de livros. Em 1987 dirigiu uma oficina de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998.
A biografia que apresentei se encontra no site: http://www.revista.agulha.nom.br/jpaulo.html#bio.

O material trabalhado em aula tem por título:

Poesia e Prosa

Pode-se escrever em prosa ou em verso.
Quando se escreve em prosa, a gente enche a linha
do caderno até o fim, antes de passar para a outra
linha.

E assim por diante até o fim da página.

Em poesia não: a gente muda de linha antes do fim,
deixando um espaço em branco entes de ir para a
linha seguinte.

Essas linhas incompletas se chamam versos.

Acho que o espaço em branco é para o leitor poder
ficar pensnado.

Pensando bem no que o poeta acabou de dizer.

[...]

A prosa é como trem, vem vai sempre em frente.

A poesia é como o pêndulo dos relógios de parede
de antigamente, que fica balançando de um lado
para o outro.

Embora balançasse sempre no mesmo lugar, o
pêndulo não mracava sempre a mesma hora.

Avançava de minuto a minuto, na passagem da
vida, cada minuto importante dela.

De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma rima
a outra, a gente acaba decorando um poema e
guardando-o na memória.

E quando vê acontecer alguma coisa parecida com
um poema que já leu, a gente logo se recorda dele.

Geralmente, a prosa entra por um ouvido e sia pelo
outro.

A poesia, não: entra pelo ouvido e fica no coração.


(PAES, José Paulo. Vejam como eu sei escrever. São Paulo: ÁTICA, 2001. P. 16-9)




Espero que tenham gostado...Até mais

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