O Mundo das Histórias na Educação Infantil

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Menina Bonita do Laço de Fita



  

Trazemos para vocês esse vídeo que contem a história da menina bonita do laço de fita, em que fazemos referencia ao trabalho com essa história, pois traz elementos marcantes da descriminação racial, sendo uma intervenção pedagógica indispensável, para mostrar que vivemos em um mundo multicultural e não homogêneo e que se deve respeitar as diversidades existentes.  Nesse sentido, é de fundamental importância, abrir espaço para a reflexão junto com as crianças desse tema da diversidade, para mostrar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, contribuindo para que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprias e aos outros, mas também o professor deve procurar  visar com esse trabalho elevar a auto-estima do aluno negro que muitas vezes senti vergonha de suas origens, devido a descriminação que sofrera.
 
Ah! Não podemos esquecer de apresentar aos alunos a autora da historia. Quem escreveu o livro “menina bonita do laço de fita”? 

Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje. Disponível em: http://www.anamariamachado.com/biografia  

Como se pode trabalhar com a história:
  
1- Contar que quem escreveu a história foi Ana Maria Machado, uma escritora brasileira que escreve livros principalmente para crianças;

2-    Mostrar a capa do livro aos alunos. "Ler" a imagem da capa com eles, fazendo perguntas sobre a ilustração: a cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um penteado como esse?). Destacar o olhar pensativo e sonhador do coelho, pedindo que mostrem o que mais na ilustração indica que o coelho está apaixonado. Dizer o nome do ilustrador e falar sobre a importância da ilustração na leitura; 

3-    Apresentar a história à turma primeiro lendo o livro e depois passando o vídeo sobre a historia;

4-    Organizar uma roda de conversas. Reler o trecho: "O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E pensava: - Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela."  Questionar: O que é ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita?

5-    Conversar com as crianças sobre os povos que formam o Brasil: os índios, o negro, o colonizador europeu, etc. Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a grande família brasileira, que tem as características de suas origens;

6-    Pedir que as crianças contem uma historia a partir da que foi apresentada.


Fica a dica.   

Histórias através de imagens


Livros com historias através de imagens é um recurso didático-pedagógico que deve ser usado dentro da sala de aula. O uso de pontos, linhas, cores, isto é, o desenho que a historia traz, facilita a interpretação do texto-imagem no aluno. Os alunos podem ser levados a escreverem o que observam nos desenhos, mesmo que não saibam ler ou escrever direito poderão através da figura despertar para esse incentivo. 

Segundo Eisner citado por Araújo (2008, p.30) “A fusão de símbolos, imagens e balões faz o enunciado [...]. Os balões, outro dispositivo de contenção usado para encerrar a representação da fala e do som, também são úteis no delineamento do tempo. Os outros fenômenos naturais [...] representados por signos reconhecíveis, tornam-se parte do vocabulário usado para expressar o tempo. Eles são indispensáveis ao contador de histórias, principalmente quando ele está procurando envolver o leitor”.
Trazemos para vocês a dica do livro AMENDOIM de Eva Furnari :



Trabalhem com seus alunos historias com imagens, pois auxiliará no processo de alfabetização das crianças.
Ah! É essencial não se esquecer de mostrar aos alunos quem é o autor da história. Nesse sentido, vamos conhecer um pouco de Eva Furnari. A autora nasceu em Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São Paulo, é uma ilustradora e escritora de livros infantis desde 1980. Tem mais de 50 livros publicados no Brasil e ao longo de sua carreira recebeu diversos prêmios, entre eles, o Jabuti de melhor ilustração em 1991. Por diversas vezes recebeu prêmios da FNLIJ e da APCA recebeu o prêmio pelo conjunto da obra. Esta biografia está no site: http://www.globaleditora.com.br 


ARAÚJO, Gustavo Cunha de, et al. As histórias em quadrinhos na educação:  possibilidades de um recurso didático-pedagógico. Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes. Uberlândia - MG, ano 1, n. 2, p. 26-36, jul./dez. 2008.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


 O Gato e a Raposa

Autor: Esopo

  
Certa vez, um Gato e uma Raposa resolveram viajar juntos. Ao longo do caminho, enquanto caçavam para se manter, um rato aqui, uma galinha ali, entre uma mordida e outra, conversavam sobre as coisas da vida.

E, como sempre acontece entre companheiros, especialmente numa longa jornada, a conversa entre eles logo se torna uma espécie de disputa de Egos. E os ânimos se exaltam quando cada um trata de promover e defender suas qualidade pessoais.

Pergunta então a Raposa ao Gato:

"Acho que você se acha muito esperto não? Você deve até achar que sabe mais do que eu. Sim, porque eu conheço tantos truques que nem sou capaz de contá-los!"

"Bem," retruca o Gato, "Admito que conheço apenas um truque, mas este, deve valer mais que todos os seus!"

Nesse momento, eles escutam, ali perto, o apito de um caçador e sua matilha de cães que se aproximam. O Gato deu um salto e subiu na árvore se ocultando entre as folhas.

"Este é meu truque," ele disse à Raposa. "Agora deixe-me ver do que você é capaz."

Mas, a Raposa tinha tantos planos para escapar que não sabia qual deles escolher. Ela correu para um lado e outro, e os cachorros em seu encalço. Ela duplicou suas pegadas tentando despistá-los; ela aumentou sua velocidade, se escondeu em dezenas de tocas, mas foi tudo em vão. Logo ela foi alcançada pelo cães, e então, toda sua arrogância e truques se mostraram inúteis.

Moral: O Bom senso é sempre mais valoroso que a astúcia.


A fábula é um texto de fundamental importância que pode ser utilizado na sala de aula, pois tem no final uma lição de vida, que pode servir de reflexão nas discussões entre professores e alunos, visto que envolve aspectos de interpretação e socialização entre os mesmos.  É uma narração curta, em prosa ou verso e tem como personagens  diferentes animais que se comunicam, como é o caso da conhecida fábula da cigarra e a formiga. Portanto o professor como mediador do processo de ensino e aprendizagem pode utilizar as fábulas para que a criança argumente, discuta  e assim produza valores morais.


Vamos conhecer um pouco sobre o autor: acredita-se que Esopo tenha vivido no século 6 antes de Cristo. Provavelmente foi capturado em uma guerra e virou escravo na Grécia. Mas não há provas históricas de que ele tenha existido. O que não dá para negar é que há mais de 300 histórias, com características semelhantes, que podem ter sido escritas ou reescritas e divulgadas por ele. O autor grego Esopo usava muitos bichos como personagens de suas fábulas, como tartarugas, lebres, raposas, formigas e cigarras. Através das histórias ele criticava os valores da sociedade de sua época, para mostrar o que é certo e o que é errado. A biografia está no site: http://criancas.uol.com.br/historias/fabulas/esopo.jhtm.

Sonho de uma noite de verão

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

Um clássico de William Shakespeare, adaptado por Fabrício Corsaletti e ilustrado por Guazzaelli. Lançado no ano de 2004 pela editora Escala é um livro que não envelhece, uma obra adaptada de um clássico que antes de tudo leva uma bela história a um público que possivelmente não teria acesso aos textos integrais, ou só os conheceria muito tempo mais tarde.
Sem dúvida a melhor maneira de levar uma criança a construir o hábito da leitura é combinar a leitura de obras já destinadas a elas com a de obras escritas por grandes autores em versões adaptadas.

A dica está dada. Se deliciem com a leitura


O que é letramento?


   Em virtude das discussões acerca do Letramento, resolvi trazer esse poema que se encontra em um dos livros de Magda Soares que vem discutindo essa temática com muita categoria.

SOARES, Magda. Letramento um tema em três gêneros. Belo Horizonte:Autêntica, 2001.


O que é letramento?


Letramento não é um gancho
Em que se pendura cada som enunciado,
Não é um treinamento repetitivo
De uma habilidade, nem um martelo
Quebrando blocos de gramática.

Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.

São notícias sobre o presidente,
O tempo, os artistas da TV
E mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.

É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
um telegrama de parabéns e cartas
de velhos amigos.

É viajar para países desconhecidos,
Sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.

É um atlas do mundo
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios
para que você não fique perdido.

Letramento é, sobretudo,
Um mapa do coração do homem,
Um mapa de quem você é
E de tudo o que você pode ser.


Esse poema transmite os sentimentos propiciados pelo letramento...É fantástico.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Galinha Ruiva



A história "A galinha ruiva", fez parte da contação de história na Escola Pública Estadual que faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID,durante a semana das crianças, mas, conseguimos um avental que ilustra o cenário da história e todos os personagens.As crianças gostaram muito.
Vejam como é interessante para não ficar só mostrando o livro...

Essa história pode ser trabalhada de diversas formas, mas lembre-se que antes de começar a contar você precisa:
* Ler antes;
* Elaborar o planejamento com atividade de pré-leitura conversar antes sobre o tema que vai ser trabalhado( deixando um suspense), pensando " o que eu vou fazer?" "como trabalhar?" e após a leitura é importante abrir espaço para comentários;
* Mostrar o nome do(a) autor(a), editora, ilustrador(a) e ano da publicação(faça isso sempre).


A Galinha Ruiva

Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo.
- Quem me ajuda a plantar este trigo? - perguntou aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu planto sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro.

- Quem me ajuda a colher o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu colho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.

- Quem me ajuda a debulhar o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu debulho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.

- Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu levo sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou:

- Quem me ajuda a assar essa farinha?
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu asso sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão.

- Quem quer comer esse pão? - perguntou a galinha.
- Eu quero - disse o cão.
- Eu quero - disse o gato.
- Eu quero - disse o porquinho.
- Eu quero - disse o peru.
- Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão! - disse a galinha. - Cocoricó.
E foi isso mesmo que ela fez.

Se queremos dividir a recompensa, devemos compartilhar o trabalho.





Do livro: O livro das Virtudes para Crianças

terça-feira, 2 de novembro de 2010

POESIA, POEMAS E POETAS

     Ainda na aula do dia 29 de outubro de 2010, foi trabalhado o texto da autora Marisa Lajolo.

É essencial que quando trabalharmos em sala de aula com os autores estejamos sempre mencionando o seu nome e se possível destacando suas características, para que as crianças desde cedo conheçam os textos de uma forma mais completa.

Para conhecermos um pouco autora Marisa Lajolo trouxe sua biografia que se encontra no site:http://www.revista.agulha.nom.br/mlajolo.html#biblio:

Paulista. Nasceu em São Paulo, mas como foi criada em Santos, gosta de imaginar que é praiana. Voltou para a Paulicéia: morou na Casa da Universitária, é formada em Letras na Universidade de São Paulo, onde também fez Mestrado e Doutorado. Fez pós doutorado na Brown University e atualmen é sou Professora Titular no Departamento de Teoria Literária da Unicamp.

Sempre gostou de ler e de escrever, daí os estudos e a profissão. Dá aulas, orienta teses, participa de congressos, faz pesquisa, freqüenta um número quase infinito de reuniões. Escreve um bocado de livros e artigos sobre livros alheios, ganhou alguns prêmios, mas só agora criou coragem para escrever e publicar um romance. Gostou tanto da experiência que a vontade dela é deixar os livros alheios em paz e fazer os seus próprios.

A referência trabalhada em sala foi:

Marisa Lajolo, em sua carta aos leitores, no livro Palavras de Encantamento, nos fala de poesia, poema e poetas.

(...) "poesia não tem hoje nem ontem. Poesia é sempre. Poesia brinca com a linguagem"

(...) "um poema é um jogo com a liguagem. Compõe-se de palavras:
palavras soltas, palavras empilhadas, palavras em fila, palavras desenhadas, palavras em ritmo diferente da fala do dia-a-dia. Além de diferentes pela sonoridade e pela posição na página, os poemas representam uma maneira original de ver o mundo, de dizer coisas" (...).

(...) "poeta é, assim, quem descobre e faz poesia a repeito de tudo: de
gente, bicho, de planta, de coisas do dia-a-dia da vida da gente, de um
brinquedo, de pessoas que parecem com pessoas que conhecemos, de
epiódio que nunca imaginamos que poderiam acontecer e até de própria
poesia" (...)

(...) "poema brinca com as palavras...parece que o poeta diz que o que a gente
nunca tinha pensado dizer"(...).

Você deve estar pensando: afinal, qual é a diferença entre poesia e
poemas, já que todos sabemos poetas é quem escreve poesia...

Vamos lá: Poesia, segundo o Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é
a "Arte de criar imagens, de surgir emoções por meio de uma linguagem em
que se combinam sons, risos, ritmos e sgnificados". Poemas é definidos como:

"Obra em verso ou não em que há poesia."

Talvez fique mais fácil entender se pensarmos na origem dessas palavras.
Em grego, a terminação "sis", de poesia, é usada para nomear uma ação ou
atividade. Já a terminação "ma", de poemas, denuncia produto de uma
atividade. Sendo assim, quando falamos de poesia, estamos falando da arte
de uma maneira geral, e quando falamos em poema, estamos nos referindo
a algo concreto que lemos e podemos ver.

Por exemplo: para trabalhar poesia com nossos alunos (arte em geral),
utilizaremos entre outros, o poema Infância de Carlos Drummond de Andrade (algo bem concreto).



POESIA E PROSA

    Na última aula de Literatura Infantil no dia 29 de outubro de 2010, recebemos um material importantissimo. Resolvi postar para compartilhar com vocês.
Mas antes gostaria de trazer para vocês um pouco da biografia do autor José Paulo Paes, nasceu em Taquaritinga SP, em 1926. Estudou química industrial em Curitiba, onde iniciou sua atividade literária colaborando na revista Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. De volta a São Paulo trabalhou em um laboratório farmacêutico e numa editora. Desde de 1948 escreve com regularidade para jornais e periódicos literários. Toda sua obra poética foi reunida, em 1986, sob o título Um por todos. No terreno da tradução verteu do inglês , do francês, do italiano, do espanhol, do alemão e do grego moderno mais de uma centena de livros. Em 1987 dirigiu uma oficina de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998.
A biografia que apresentei se encontra no site: http://www.revista.agulha.nom.br/jpaulo.html#bio.

O material trabalhado em aula tem por título:

Poesia e Prosa

Pode-se escrever em prosa ou em verso.
Quando se escreve em prosa, a gente enche a linha
do caderno até o fim, antes de passar para a outra
linha.

E assim por diante até o fim da página.

Em poesia não: a gente muda de linha antes do fim,
deixando um espaço em branco entes de ir para a
linha seguinte.

Essas linhas incompletas se chamam versos.

Acho que o espaço em branco é para o leitor poder
ficar pensnado.

Pensando bem no que o poeta acabou de dizer.

[...]

A prosa é como trem, vem vai sempre em frente.

A poesia é como o pêndulo dos relógios de parede
de antigamente, que fica balançando de um lado
para o outro.

Embora balançasse sempre no mesmo lugar, o
pêndulo não mracava sempre a mesma hora.

Avançava de minuto a minuto, na passagem da
vida, cada minuto importante dela.

De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma rima
a outra, a gente acaba decorando um poema e
guardando-o na memória.

E quando vê acontecer alguma coisa parecida com
um poema que já leu, a gente logo se recorda dele.

Geralmente, a prosa entra por um ouvido e sia pelo
outro.

A poesia, não: entra pelo ouvido e fica no coração.


(PAES, José Paulo. Vejam como eu sei escrever. São Paulo: ÁTICA, 2001. P. 16-9)




Espero que tenham gostado...Até mais